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Os participantes percorreram os 340 quilómetros da ecovia que separa a capital portuguesa da cidade espanhola na raia com o Alentejo.

Amiga do ambiente e da boa forma física, a bicicleta foi também, esta semana, aliada das causas sociais, com um grupo de cicloturistas a “pedalar”, na Ecovia Lisboa-Badajoz, a favor de duas instituições que apoiam crianças e jovens.
«Quisemos promover a bicicleta como forma turística e ecológica de viajar e também apoiar duas causas sociais, o que é importante, sobretudo em tempos de crise», frisou hoje à Agência Lusa Paulo Guerra dos Santos, um dos promotores da iniciativa.
Um grupo de 17 cicloturistas, dos 13 aos 50 anos e «com variadas formas físicas», percorreu a Ecovia Lisboa-Badajoz, nos últimos sete dias. A «aventura» terminou hoje, com a etapa final a ligar Elvas à cidade espanhola.
A iniciativa, segundo Paulo Santos, visou angariar fundos para duas instituições de solidariedade social, a Aldeias-SOS e a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI).
«Fazem um trabalho espetacular com os miúdos», disse, explicando que, por exemplo para as Aldeias-SOS, os fundos são para ajudar a comprar bicicletas para que os jovens também possam «fazer estas viagens turísticas».
Aliás, no passeio que terminou hoje, o grupo de 17 “resistentes” integrou «seis miúdos carenciados apoiados por Aldeias-SOS», que fizeram a viagem com «bicicletas emprestadas por particulares e organizações», referiu.
«Foi divertidíssimo, cada um deles é mais divertido do que o outro, e acabámos por ter um papel pedagógico na sua educação, com o nosso exemplo. O facto de terem vindo connosco enriqueceu toda a viagem», afiançou.
A “aventura”, que incluiu a criação de um blogue na Internet (www.lisboabadajozembicicleta.blogspot.pt) através do qual os interessados podem fazer o seu donativo, levou os participantes a percorrer os 340 quilómetros da ecovia que separa a capital portuguesa da cidade espanhola na raia com o Alentejo.
«Esta rota de longo curso, para ser percorrida em bicicleta e em segurança, já está registada e, por isso, foi só introduzir o itinerário no GPS. Viajámos por caminhos e estradas secundárias, uns em terra e outros em asfalto, passando por vilas e aldeias», contou.
Sempre «ao ritmo do mais lento», o grupo pedalou uma média de «40 a 50 quilómetros por dia», apenas durante as manhãs.
Já as tardes, até porque a passagem pelo calor do Alentejo a isso obriga, serviram para relaxar, conhecer o território e aproveitar as atrações locais.
«Visitámos museus, usufruímos de piscinas ou de praias fluviais, fizemos uma prova de vinhos. Foi uma viagem turística, mas o veículo foi a bicicleta, o que tornou a experiência mais divertida e ecológica», afirmou Paulo Santos.
Os donativos só vão ser contabilizados depois do regresso a Lisboa, mas «quem quiser pode continuar a contribuir». Ou juntar-se a uma próxima viagem, porque os participantes já equacionam, talvez em setembro, voltar a “pedalar” em prol das causas sociais, ligando Lisboa a Sagres.

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