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António Morgado confessou hoje ter sentido que era o ciclista mais forte na prova de fundo de juniores dos Mundiais de Wollongong, Austrália, reconhecendo ter-se precipitado no ‘sprint’ que lhe valeu uma “histórica” medalha de prata.

António Morgado sentiu que era o mais forte, mas destaca feito histórico
© Federação Portuguesa de Ciclismo

“É muito orgulho, é um feito histórico. [Mas] eu queria mais, queria ser campeão”, assumiu o vice-campeão mundial júnior de fundo, à chegada ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

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Os juniores portugueses foram hoje recebidos com palmas, por familiares e amigos, na chegada a Lisboa, com o tímido vice-campeão mundial a mostrar-se pouco habituado à presença de jornalistas.

António Morgado sentiu que era o mais forte, mas destaca feito histórico
© Federação Portuguesa de Ciclismo

Com a medalha de prata ao peito, e “com cara de sono” após uma longa viagem desde a Austrália, onde, na sexta-feira, foi segundo na prova de fundo, o melhor resultado de sempre para Portugal na categoria de juniores, António Morgado reconheceu que continua “frustrado” por ter perdido a camisola arco-íris para o alemão Emil Herzog.

“Queria ganhar. Senti que era o mais forte dentro da corrida, senti que tinha tudo para ganhar. O ‘sprint’ não me favoreceu, joguei mal também no ‘sprint’, saí muito cedo. Continuo frustrado, mas temos que aceitar”, pontuou.

Após uma jornada de ataques, e com a meteorologia do seu lado, o jovem português de 18 anos destacou-se a 18 quilómetros da meta, mas foi apanhado pelo ciclista alemão a três quilómetros da chegada, com Herzog a levar a melhor no ‘sprint’ a dois.

“Sabia que estava bem fisicamente, que tinha preparado a corrida como nunca preparei nenhuma, era o objetivo do ano. Abdiquei de muita coisa para estar bem lá. Sabia que estava bem, mas não sabia que estava tão bem. Dentro da corrida, apercebi-me que estava mais forte do que os adversários. Sabia que, se quisesse ganhar, teria de chegar isolado. Tentei fazê-lo, mas houve um corredor mais forte”, resumiu.

Conquistada a prata nos Mundiais, o campeão nacional júnior de fundo e contrarrelógio deu por concluída uma época que tem sido “histórica” para si, nomeadamente por ter conseguido concluí-la em “segundo do ranking”, mas na qual fez muitos sacrifícios nos “últimos três, quatro meses” com o objetivo de ser campeão do mundo de juniores.

“Quero agradecer à Federação Portuguesa de Ciclismo por todo o apoio, por tudo o que têm feito. Foi uma planificação perfeita este ano, levaram-me às corridas importantes e planeámos bem o Mundial”, considerou.

A prestação nos Mundiais coroa uma temporada fantástica do promissor ciclista natural das Caldas da Rainha, que venceu ainda a Volta a Portugal de juniores, o Giro della Lunigiana, em Itália, e a Volta ao Douro em Espanha, foi segundo no Troféu Centre Morbihan, na Corrida da Paz e na Gipuzkoa Klasikoa, tendo sido quarto na Volta ao Pays de Vaud.

Agora, o corredor da equipa da Bairrada vai descansar, antes de iniciar uma pré-época que lhe permita “entrar mais forte para o ano”, o seu primeiro como sub-23 e no qual vai representar a ‘fábrica de talentos’ Hagens Berman Axeon.

“[A fasquia] está elevada, mas para o ano é um ano diferente. É o primeiro de sub-23, vai ser um ano de adaptação”, notou, assumindo que vai tentar destacar-se e “ganhar algumas corridas”.

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