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Já alguma vez imaginou como corresponderiam todas aquelas reivindicações de performance de travagem divulgadas pelos fabricantes de rodas de carbono se fosse feito um teste gigante, sem variantes, e fosse anunciado apenas um vencedor?

A Alto Cycling também imaginou. E fez algo acerca disso.

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Numa parceria com a Spark Wheelworks para criar um teste, quiseram ver até que ponto todas essas reivindicações se manteriam em laboratório, portanto pegaram em aros das seguintes marcas:

  • Alto Cycling (CC52)
  • Bontrager (Aelous 5 TLR D3)
  • Boyd Cycling (60mm Clincher)
  • ENVE (SES 4.5)
  • FSE (EVO 55C)
  • Knight (65 Clincher)
  • Mavic (Cosmic Pro Carbon SLC)
  • Roval (CLX 50)
  • Zipp (404 Firecrest)

Posto isto desenharam um estudo que se removessem o máximo de variáveis.

Seleção de aros e pré-planeamento

O teste foi imaginado pela equipa da Alto Cycling e realizado pela Spark Wheelworks. Além da Alto disponibilizar as suas próprias rodas, todas as outras foram adquiridas pela Spark.

As Reynolds não foram incluidas pois a Spark não conseguiu adquiri-las e a marca não respondeu à solicitação a tempo do teste.

Outras duas marcas que a Alto queria ter no teste eram a Shimano e a Campagnolo, mas o orçamento não o permitiu. A Campagnolo estava disposta a enviar umas rodas para teste, mas com a condição de que estas fossem testadas com as suas pastilhas de travão, mas, como verá brevemente, isso introduziria uma variável que não podiam aceitar.

Protocolo de teste

Com  os novos aros em sua posse, era chegada a altura de  desenhar a experiencia para que todas as marcas enfrentassem o mesmo teste e os resultados fossem de confiança. Aqui está como foi feito:

Uma vez que a intenção era testar a capacidade térmica e de dissipação de calor dos aros e visto que num teste preliminar a fita derretia e o pneu falhava rapidamente, foi desenvolvida uma fita tubeless para altas temperaturas, que resolveu a questão.

Quanto aos pneus, a troca para os 25-32c Continental, em oposição à opção 18-25c trouxe grandes diferenças.

Duas notas para os clientes aparte do teste: usem fitas de qualidade e o pneu mais largo que a vossa montagem permita.

Todos os aros deste teste usaram esta mesma fita e pneus.

Outro cuidado para evitar variáveis foi standerizar as pastilhas de travão e usar a mesma pastilha para carbono genérica em todos os aros. Neste caso, foram usadas as SwissStop Black Prince.

Foi decidido também deixar que a velocidade da roda fosse uma variável flutuante e colocar a potência do motor nos 1200w. Desta forma, a energia total aplicada no aro seria constante e a velocidade seria apenas variável consoante a pista de travagem de cada fabricante.

O pneus foram cheios com 100psi.

Em adição ao teste de aquecimento e travagem, também foi testada a velocidade a temperatura dos aros voltava a baixar até determinado ponto, tido como normal entre esforço de travagem, uma vez que como não fazemos uma grande descida a travar constantemente, a velocidade de arrefecimento entre travagem é importante para chegar com os aros intactos até ao final da descida.

No vídeo abaixo, onde podemos ver os tempos de arrefecimento, temos que ter em mente que na realidade, ao descermos no exterior, temos as condições climatéricas e deslocação de vento a ajudar neste mesmo arrefecimento.

Video teste e contas finais

As variações nos resultados foram enormes, sendo que de facto uns se saíram bem melhor que outros.

Resultados finais:

Será que isto prova quem fabrica os melhores aros de carbono? Não, mas é um começo. Mais marcas precisam ser testadas e a Alto e Spark devem ser aplaudidas por juntar toda esta informação e divulgá-la, para que a possamos processar.

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