O britânico Alex Dowsett (Israel Star-up Nation) venceu hoje com autoridade a oitava etapa do Giro d’Italia, tendo João Almeida (Deceunick-Quick Step) conservado a camisola rosa, símbolo da liderança na prova.
Os 200 quilómetros que ligaram Giovinazzo a Vieste, com duas contagens de montanha, foram cumpridos em 4:50.09 horas, batendo por 1.15 minutos um trio comandado pelo italiano Salvatore Puccio (INEOS).
Dowsett, que já havia vencido um contrarrelógio do Giro em 2013, ofereceu à equipa israelita o seu primeiro triunfo numa prova do WorldTour e deu uma alegria aos ingleses, que já tinham perdido Geraint Thomas (Ineos) por lesão e hoje viram Simon Yates abandonar por ter dado positivo à covid-19.
O ciclista, de 32 anos, atacou a 18,3 quilómetros da meta, distanciando-se definitivamente dos seus companheiros de fuga, como se estivesse num contrarrelógio, a sua especialidade: em 2015 deteve o recorde mundial da hora antes de ser batido pelo seu compatriota Bradley Wiggins.
João Almeida chegou em 17.º, integrando o pelotão liderado pelo australiano Michael Mattheus (Sunweb), sétimo, a 13.
56 minutos, e continua na frente do Giro, proeza que vai cimentando desde a terceria tirada.
João Almeida manteve os 43 segundos de avanço para o espanhol Pello Bilbao (Bahrain) e 48 para o holandês Wilco Kelderman (Sunweb), segindo e terceiro classificados, respetivamente.
Ruben Guerreiro (EF Pro Cycling) foi 64.º, também dentro do pelotão, e subiu uma posição, para 39.º, a 18.32 minutos de João Almeida.
Antes do início da tirada, o ciclista britânico Simon Yates acusou positivo à covid-19 e retirou-se do Giro, tornando-se no primeiro caso de um corredor em grandes voltas.
Todos os que tiveram contacto próximo com o britânico foram testados, dando negativo.
No domingo, véspera do primeiro dia de descanso, disputa-se a nona etapa, com 208 quilómetros a ligar San Salvo a Roccaraso, com fim em montanha de primeira categoria de 9,6 quilómetros e com subidas até 12% de declive.