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A Associação Nacional dos Industriais das Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins (ABIMOTA) propôs ao ministro da Educação que o seguro escolar passe a incluir as deslocações de bicicleta para a escola, revelou o secretário-geral.

Segundo contou à Lusa Gil Nadais, a proposta, apresentada numa altura em que se prepara o próximo Orçamento de Estado, foi acompanhada de um pedido de reunião ao ministro para debater o assunto.

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Considerando que a medida ajudará a desenvolver a indústria nacional do setor das duas rodas, a associação solicita ao ministro da Educação “que desenvolva as ‘démarches’ necessárias para que as crianças e jovens, quando utilizam a bicicleta para se deslocarem de e para a escola, fiquem cobertas com o seguro escolar.”

O representante da ABIMOTA adiantou também que foram solicitadas reuniões com os grupos parlamentares, “para que estes, em sede de Orçamento, possam, caso seja necessário, promover as alterações legislativas necessárias para que o objetivo seja concretizado”.

A ABIMOTA considera ser “determinante que se ultrapasse de imediato o esquecimento legal e se adeque a legislação ao tempo presente”, referindo-se ao facto de o seguro escolar não cobrir o risco de acidente quando os alunos utilizam a bicicleta como meio de transporte entre a casa e a escola.

Para aquela associação empresarial, a medida proposta visa proteger e estimular essa forma de deslocação, invocando vários fundamentos, nomeadamente as implicações na saúde, já que o exercício físico associado à utilização da bicicleta “é uma forma de combater o sedentarismo e a obesidade”.

“A utilização da bicicleta nas deslocações, em substituição do automóvel, contribui para a diminuição da produção de gases de estufa, para uma maior consciência ambiental e também para alterar a perceção vigente do ‘mix’ de meios de transporte”, refere, acreditando que assim se estará também a contribuir para a redução das importações de hidrocarbonetos.

Gil Nadais salienta também que é também uma forma de incutir autonomia e responsabilidade nos jovens ao promover “a responsabilidade pessoal relativamente a si e aos outros”, gerando “autoconfiança e autonomia nas crianças e jovens”.

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