18 equipas, das mais diversas geografias mundiais, inscreveram 144 competidores para alinharem no percurso desenhado entre Oliveira de Azeméis e Lisboa num total de 1618,7 KM que se vai fazer em 11 dias de competição – 1 prólogo e 10 etapas – com o Dia de Descanso marcado para Viseu.
W52-FC Porto
Ganhou as últimas três edições da corrida e chega à Volta de 2016 como grande dominadora da época em Portugal. Perante um percurso à medida de Gustavo César Veloso, a equipa portista tem a responsabilidade principal de lutar pela camisola amarela e será o alvo a abater por todos os outros conjuntos.
Efapel
A formação de Ovar tem em Joni Brandão o chefe de fila indiscutível, mas o corredor feirense é, sobretudo, temível na montanha. Com apenas uma chegada coincidente com um prémio de montanha de primeira categoria, será necessário que a formação ovarense tenha poderio coletivo para mexer com a corrida nas etapas com montanhas longe da meta, algo que não será fácil se não encontrar aliados. A Efapel dispõe ainda de três homens rápidos que passam bem as médias dificuldades, motivo pelo qual Filipe Cardoso, Daniel Mestre e Rafael Silva são candidatos ao protagonismo.
Rádio Popular-Boavista
É a única equipa portuguesa que ainda não triunfou na temporada de 2016, mas foi a mais consistente no conjunto das provas disputadas no estrangeiro pelos blocos lusos. Rui Sousa é um eterno candidato ao pódio, sendo acolitado por trepadores de referência da nova geração, como David Rodrigues ou Frederico Figueiredo. Daniel Silva é outro nome sempre a ter em conta.
LA Alumínios-Antarte
O coletivo de Paredes tem liderança partilhada. O galego Alejandro Marque dá garantias no contrarrelógio, devendo resistir sempre que os rivais tentarem fazer a diferença na montanha. O algarvio Amaro Antunes é um dos melhores trepadores portugueses e será a carta a jogar se os paredenses pretenderem fazer a seleção na montanha. Hernâni Broco é uma “reserva” de qualidade, sempre à espreita de um lugar ao sol.
Sporting-Tavira
Os “leões” estiveram adormecidos grande parte da época, mas a primeira vitória chegou no momento certo para deixar as potenciais “presas” em alerta: Rinaldo Nocentini conquistou o Troféu Joaquim Agostinho e mostrou um apuro de forma que faz do experiente transalpino um homem a ter debaixo de olho na Volta.
Louletano-Hospital de Loulé
João Benta deu boas indicações no Troféu Joaquim Agostinho, conseguindo ali a única vitória dos algarvios na época em curso. Será o líder da equipa, mas padece do mesmo mal que outros trepadores: os contrarrelógios não são o seu forte. Vicente García de Mateos promete dar que falar nas etapas que tiverem chegada ao sprint.
Caja Rural-Seguros RGA
José Gonçalves é uma das incógnitas desta Volta. O peso dos contrarrelógios e a ausência de chegada no alto da Torre favorecem-no. Há etapas que, terminando ao sprint, terão no minhoto um forte candidato, porque muitos dos mais rápidos não passarão as dificuldades anteriores. Em contrapartida, já não corre uma prova por etapas desde o início de junho e o principal objetivo da época é a Volta a Espanha.
Drapac
A equipa australiana apresenta-se com dois homens candidatos a, pelo menos, vencer etapas. William Clarke é um especialista em prólogos e Brendan Canty é um bom trepador. Lachlan Norris está a ter uma época aquém do esperado, mas se conseguir atingir a forma que alcançou no ano passado e que lhe valeu o top 6 no USA Pro Challenge e no Tour of Utah, pode entrar nas contas da geral.
Androni Giocattoli-Sidermec
Partilha com a Caja Rural o estatuto de equipa mais forte do pelotão. Excluída da Volta a Itália por decisão do organizador, a formação comandada por Gianni Savio tem na Volta a Portugal uma das principais montras da temporada. Apresenta-se com o melhor sprinter das últimas duas edições da corrida, Davide Vigano, com Francesco Gavazzi, capaz de vencer ao sprint em grupos mais restritos, e com Franco Pellizotti, que tentará manter-se na disputa da geral.
Funvic Soul Cycles-Carrefour
O português Luís Mendonça, um “cliente” habitual dos primeiros lugares das corridas portuguesas desta época, ao serviço da Sicasal/Constantinos/UDO, é uma incorporação recente dos brasileiros poderá dar nas vistas, entre um conjunto que ainda não ganhou fora do Brasil em 2016.
Team Roth
Bruno Pires tem a oportunidade de regressar a “casa” como chefe de fila da equipa suíça e tem condições para tentar o top 10. O espanhol David Belda já sabe o que é ganhar etapas na Volta a Portugal e não deixará de tentá-lo quando o terreno empinar. O italiano Andrea Pasqualon é um dos candidatos nas etapas ao sprint.
Lokosphinx
As alterações de última hora enfraqueceram a equipa russa, que terá em Alexander Vdovin a principal arma e um dos candidatos ao estatuto de melhor jovem da corrida.
Christina Jewelry
O veterano Stefan Schumacher é a figura mais célebre, por bons e maus motivos, desta equipa alemã, repleta de jovens corredores que não têm currículos que permitam antecipar resultados de relevo.
Euskadi Basque Country-Murias
Os bascos são corredores valentes, que gostam de percursos de média montanha para atacar e dar nas vistas. Não sendo uma equipa que se afigure capaz de disputar a classificação geral, será, por certo, um conjunto combativo e presença assídua nas fugas e com capacidade para candidatar-se à classificação dos escaladores.
Boyacá Raza de Campeones
Heiner Parra é o mais credenciado destes colombianos, mas deverá sentir a falta de mais etapas com final em montanha. É uma equipa que se prevê rival das portuguesas na compita pela camisola dos trepadores.
Inteja-MMR Dominican Cycling
A equipa espanhola com sede oficial na República Dominicana é, em tese, o coletivo mais frágil dos 18 presentes na Volta. Tentará contrariar esse diagnóstico com a presença em escapadas e buscando a oportunidade nas chegadas ao sprint.
Astana City
Esta equipa é um dos viveiros de ciclistas do Cazaquistão. Nikita Stalnov foi, neste ano, terceiro na Volta à Turquia e na Volta ao Azerbaijão e quererá ser protagonista na Volta a Portugal. Veremos se tem unhas para esta guitarra.
Armée de Terre
A presença da equipa do exército francês é a garantia de uma corrida sem monotonias. Nas duas visitas a Portugal na época em curso – GP Liberty Seguros e Troféu Joaquim Agostinho – os soldados do pedal estiveram constantemente em fuga, atacando para conquistar camisolas secundárias e para tentar dar a volta à geral. Benjamin Thomas, jovem especialista em pista, poderá mostrar-se nas chegadas em pelotão, se conseguir ultrapassar as dificuldades.