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A “engraçada” aventura como emigrante de Iúri Leitão ainda está a começar, mas o ciclista português da Caja Rural quer trabalhar bem para, a curto/médio prazo, conseguir vitórias ao ‘sprint’ com as cores da equipa espanhola.

A engraçada aventura de Iúri Leitão acabou de começar“Está a ser engraçada. É uma aventura bastante diferente daquilo a que estava habituado. É um novo tipo de corridas, um novo pelotão. Corre-se de maneira bastante diferente, tem sido uma boa experiência”, começou por contar o jovem português de 23 anos.

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A iniciar a sua segunda temporada como profissional – a primeira passou-a na Tavfer-Measindot-Mortágua -, o vice-campeão mundial de eliminação e campeão europeu de scratch de 2020 confessa estar a lidar “bastante bem com a parte do idioma”, apontando como “maior problema” a “adaptação ao tipo de corrida” disputada pela mais conceituada formação espanhola do escalão ProTeam, a segunda ‘divisão’ do ciclismo mundial.

“Até porque a minha época passada terminou muito tarde e comecei só a minha preparação no princípio de janeiro. Tenho algum atraso ainda e preciso de recuperar essa forma, mas penso que, com o tempo, irei chegar a bom nível”, antecipou.

O sucesso na pista, onde, em 2021, se sagrou ainda vice-campeão europeu de pontos e conquistou o bronze continental, ao lado de Rui Oliveira, no madison, retirou-lhe dias de descanso, mas também de treino na estrada, com a conjugação das duas vertentes a exigir “muito foco e empenho”.

“Tive os campeonatos do Mundo, a Liga dos Campeões, e acabou por se alargar muito a época. Tive que descansar só na parte final de dezembro, mas, lá está, temos de estar concentrados na estrada e nos objetivos com as nossas equipas, ao mesmo tempo que não podemos esquecer também os compromissos que temos com o nosso país e com o nosso projeto olímpico”, notou.

Centrado agora na estrada, o português da Caja Rural reconhece que, para já, ele e a equipa não traçaram objetivos para esta temporada.

“Claro que, a curto, médio prazo, queríamos conseguir vitórias ao ‘sprint’ e é para isso que eu aqui estou, mas não posso prometer datas nem provas, porque ainda preciso de trabalhar”, sustentou.

Depois de ter iniciado a temporada em Espanha, o jovem português rumou à 48.ª Volta ao Algarve que hoje termina, para aquele que foi o seu primeiro regresso a casa após ter emigrado, e que continuará na Clássica da Arrábida e na Volta ao Alentejo.

“É bastante estranho estar do outro lado da guerra. [ri-se] Mas está a ser engraçado encontrar os meus colegas e antigos adversários. Alguns já foram meus companheiros de equipa e agora estou numa equipa estrangeira, é diferente”, disse sobre a sua participação na ‘Algarvia’.

Ao périplo por Portugal seguir-se-ão as estreias nas Voltas à Turquia, Noruega e Eslovénia, numa época que, quase seguramente, não o levará à grande Volta ao alcance da Caja Rural, a Vuelta.

“Este ano penso que está absolutamente fora de questão, mas claro que sonho com isso. Gostava de um dia fazer uma grande Volta e há muito trabalho pela frente até chegar a esse patamar, mas claro que gostaria”, concluiu.

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