Andar de bicicleta emagrece e afecta a vida sexual? Conheça os mitos e as verdades sobre andar de bicicleta que têm surgidos nos fóruns de ciclistas na Internet.
Paralelamente, têm surgido mitos nos fóruns de ciclistas na Internet sobre a utilização da bicicleta.
1. Andar de bicicleta emagrece?
Um estudo divulgado pela British Medical Journal revelou que os homens e as mulheres que chegam ao trabalho de maneira activa (de bicicleta, a correr ou a caminhar) possuem um índice de massa corporal e percentual de gordura corporal significativamente menor dos que os que usaram outro meio de transporte.
Uma pessoa que pesa 58 kg, por exemplo, pode queimar entre 170 e 250 calorias, se pedalar a um ritmo suave. Esse número pode chegar a mais de 400, se a velocidade for moderada, ou superior a 700 calorias, se o ritmo for maior.
Ou seja, andar de bicicleta pode ajudar a perder peso, mas depende da velocidade e da dieta feita para complementar o desgaste físico.
2. Andar de bicicleta prejudica o sexo?
O estudo da Escola de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, referia-se à altura do guiador em relação ao assento. Se fosse menor, produzia uma pressão maior sobre o períneo e uma sensação menor no assoalho pélvico, entre o ânus e a vagina.
Mas os pesquisadores explicaram que essa condição poderia ser alterada com uma mudança na posição do guiador. E argumentaram que o estudo apenas tinha analisado um grupo restrito de mulheres, e que seriam necessárias novas pesquisas com mulheres que usam a bicicleta como meio de transporte.
Em relação aos homens, há diversos estudos que mostram que o ciclismo pode causar distúrbios genitais e disfunção eréctil. Mas as últimas pesquisas, em que foram analisados mais de 5 mil ciclistas, não encontraram associação entre o tempo de utilização da bicicleta e a infertilidade masculina.
3. Deslocar-se de bicicleta ajuda a reduzir os níveis de poluição?
Estudos realizados pelo investigador Luc Int Panis, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas Flamengo, e pelo professor Jonathan Grigg, da Escola de Medicina de Londres, apontam que a razão para o sucedido é a rápida respiração daqueles que andam de bicicleta. Isso faz com que o ciclista respire mais partículas ultra-finas que estão no ar, que chegam a ser de centenas de milhares num centímetro cúbico nas horas de maior tráfego.
4. Quem anda de bicicleta sofra de problemas de joelhos?
A acção repetitiva de pedalar pode causar grande desconforto, se o movimento não for fluído, o que se consegue ajustando o banco a uma altura adequada. Também é aconselhável começar a pedalar a um ritmo moderado e aumentar a intensidade gradualmente.
Andar de bicicleta é um exercício de baixo impacto e, por isso, é frequentemente recomendado no tratamento da reabilitação de pessoas que sofreram lesões. Mas especialistas em medicina desportiva recomendam combinar o uso da bicicleta com outros tipos de desporto de maior impacto, como corrida.
O objectivo é desenvolver músculos diferentes e evitar problemas em outras partes do corpo, como articulações e ossos.
5. Com capacete ou sem capacete?
“O que desanima as pessoas é que se sentem tão seguras a andar numa bicicleta como a pé. Estatisticamente, [andar de bicicleta] é mais seguro do que tomar banho. Não há nada de errado com os capacetes, mas se apenas 0,5% das pessoas usam-no na Holanda, que é um dos países mais seguros, deve ser por uma razão”, disse Boardman à BBC.
Esta posição gerou uma série de críticas e Boardman – que integra uma campanha do governo britânico para estimular o uso das bicicletas – defendeu a sua posição, destacando mais os benefícios alcançados pelo exercício do que os riscos de não se usar o capacete.
No entanto, o Instituto de Seguros para Segurança nas Estradas dos EUA informou que a maioria das 722 mortes registadas entre ciclistas em 2012 foi de pessoas que não usavam capacetes.
Segundo o instituto, os capacetes também reduziram os riscos de lesões no cérebro em 85%.