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Andar de bicicleta emagrece e afecta a vida sexual? Conheça os mitos e as verdades sobre andar de bicicleta que têm surgidos nos fóruns de ciclistas na Internet.

mitos sobre o ciclismoO número de utilizadores de bicicleta tem aumentado em todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o número de pessoas que usam a bicicleta para ir para o trabalho cresceu 60% na última década.

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Paralelamente, têm surgido mitos nos fóruns de ciclistas na Internet sobre a utilização da bicicleta.

1. Andar de bicicleta emagrece?

Andar de bicicleta emagreceAndar de bicicleta é uma actividade aeróbica, o tipo de exercício adequado para quem quer emagrecer. A questão é que a perda de peso depende de quantas calorias são perdidas e quantas são consumidas.

Um estudo divulgado pela British Medical Journal revelou que os homens e as mulheres que chegam ao trabalho de maneira activa (de bicicleta, a correr ou a caminhar) possuem um índice de massa corporal e percentual de gordura corporal significativamente menor dos que os que usaram outro meio de transporte.

Uma pessoa que pesa 58 kg, por exemplo, pode queimar entre 170 e 250 calorias, se pedalar a um ritmo suave. Esse número pode chegar a mais de 400, se a velocidade for moderada, ou superior a 700 calorias, se o ritmo for maior.

Ou seja, andar de bicicleta pode ajudar a perder peso, mas depende da velocidade e da dieta feita para complementar o desgaste físico.

2. Andar de bicicleta prejudica o sexo?

Andar de bicicleta e sexoUm dos maiores mitos está relacionado com os efeitos que o andar de bicicleta pode ter na vida sexual dos utilizadores. No caso das mulheres, há dois anos foi publicado um estudo que questionava se a posição na bicicleta poderia causar adormecimento e perda de sensibilidade na área genital.

O estudo da Escola de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, referia-se à altura do guiador em relação ao assento. Se fosse menor, produzia uma pressão maior sobre o períneo e uma sensação menor no assoalho pélvico, entre o ânus e a vagina.

Mas  os pesquisadores explicaram que essa condição poderia ser alterada com uma mudança na posição do guiador. E argumentaram que o estudo apenas tinha analisado um grupo restrito de mulheres, e que seriam necessárias novas pesquisas com mulheres que usam a bicicleta como meio de transporte.

Em relação aos homens, há diversos estudos que mostram que o ciclismo pode causar distúrbios genitais e disfunção eréctil. Mas as últimas pesquisas, em que foram analisados mais de 5 mil ciclistas, não encontraram associação entre o tempo de utilização da bicicleta e a infertilidade masculina.

3. Deslocar-se de bicicleta ajuda a reduzir os níveis de poluição?

Andar de bicicleta Ajuda a reduzir poluiçãoÉ evidente que o aumento do uso de bicicletas como meio de transporte reduz o uso de veículos nas cidades. No entanto, os ciclistas podem inalar 2 a 5 vezes mais partículas poluentes do que aqueles que viajam de carro.

Estudos realizados pelo investigador Luc Int Panis, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas Flamengo, e pelo professor Jonathan Grigg, da Escola de Medicina de Londres, apontam que a razão para o sucedido é a rápida respiração daqueles que andam de bicicleta. Isso faz com que o ciclista respire mais partículas ultra-finas que estão no ar, que chegam a ser de centenas de milhares num centímetro cúbico nas horas de maior tráfego.

4. Quem anda de bicicleta sofra de problemas de joelhos?

Andar de bicicleta e os joelhosDepende da posição. Especialistas recomendam que as pessoas pesquisem sobre o tamanho adequado e a postura correcta para andar de bicicleta.

A acção repetitiva de pedalar pode causar grande desconforto, se o movimento não for fluído, o que se consegue ajustando o banco a uma altura adequada. Também é aconselhável começar a pedalar a um ritmo moderado e aumentar a intensidade gradualmente.

Andar de bicicleta é um exercício de baixo impacto e, por isso, é frequentemente recomendado no tratamento da reabilitação de pessoas que sofreram lesões. Mas especialistas em medicina desportiva recomendam combinar o uso da bicicleta com outros tipos de  desporto de maior impacto, como corrida.

O objectivo é desenvolver músculos diferentes e evitar problemas em outras partes do corpo, como articulações e ossos.

5. Com capacete ou sem capacete?

Andar de bicicleta com capaceteO medalhista olímpico britânico Chris Boardman divulgou a sua lista de prioridades para ciclistas e excluiu o uso de capacete.

“O que desanima as pessoas é que se sentem tão seguras a andar numa bicicleta como a pé. Estatisticamente, [andar de bicicleta] é mais seguro do que tomar banho. Não há nada de errado com os capacetes, mas se apenas 0,5% das pessoas usam-no na Holanda, que é um dos países mais seguros, deve ser por uma razão”, disse Boardman à BBC.

Esta posição gerou uma série de críticas e Boardman – que integra uma campanha do governo britânico para estimular o uso das bicicletas – defendeu a sua posição, destacando mais os benefícios alcançados pelo exercício do que os riscos de não se usar o capacete.

No entanto, o Instituto de Seguros para Segurança nas Estradas dos EUA informou que a maioria das 722 mortes registadas entre ciclistas em 2012 foi de pessoas que não usavam capacetes.

Segundo o instituto, os capacetes também reduziram os riscos de lesões no cérebro em 85%.

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