A saída para a 2ª etapa do Portugal Brasil Ride deu-se em Carvalhal – Castro Daire, junto ao Asturias Palace Hotel, novamente pelas 09 horas e com direção a São Pedro do Sul, mas não sem antes nos levar a passar por duas grandes dificuldades, mas lá chegaremos.
A saída da localidade por feita em alcatrão e ao fim de um quilometro, já estávamos a levantar pó por estradões a fora, fazendo os primeiros 3km com uma inclinação de cerca de 6% e onde deu para perceber que as pernas estavam pesadas do dia anterior.
Dai, seguiu-se um sobe e desce, com bem mais descida que subida e onde facilmente atingíamos velocidades superiores a 40km/h. Com isto, foi um instante até chegarmos ao 1º abastecimento, que estava montado no mesmo local do último abastecimento da 1ª etapa, percorrendo parte de um singletrack que percorremos ontem, mas no sentido contrário. Ali, com 20km percorridos com cerca de 650m de subida acumulada.
Depois disto, caminhámos a passos largos para o início da primeira grande dificuldade do dia. Subir a Serra de São Macário. Foram cerca de 9km a subir em estradão, divididos sensivelmente a meio por uma pequena descida. No topo, aos 31km e já com cerca de 1500m de subida acumulada, esperava-nos o segundo abastecimento, composto à imagem do 2º abastecimento de ontem. Os 25 graus de temperatura que se faziam sentir nesta altura, aumentaram a dificuldade do desafio.
Daqui, seguiram-se vários quilómetros de alcatrão, com descidas muito rápidas e 3 pequenas subidas, comparado com o que já tínhamos feito. Agora, com 36km feitos, depois de uma cortada à esquerda, demos com uma placa de perigo e toca de descer até Drave, a segunda grande dificuldade do dia. A descida a Drave não é fácil, pois inicialmente é mais inclinada, mas larga e com muita pedra solta e de seguida reduz a inclinação, mas torna-se mais estreita e técnica com o piso em pedra muito irregular.
Chegados a Drave, temos que de lá sair. Que enorme problema! Inicialmente técnica e em pedra, como o final da descida, boa parte foi feita à mão. Aos cerca de 42km, acabou a pedra, mas manteve-se a subida durante mais 3km, desta vez em estradão e com o calor a apertar cada vez mais. Altura de novo e último abastecimento, novamente com comida e bebida.
Daqui apanhámos mais um pouco de alcatrão, com uma subida e nova cortada à esquerda também novamente a descer. Mais uma descida técnica, com imensa pedra e alguns degraus criados por elas. Quando apanhámos novamente alcatrão, as forças nos dedos, começavam a faltar de tanto apertar o travão.
Hoje, as Trek Top Fuel foram tão postas à prova como nós e não se negaram a nada e deram conta de qualquer tipo de obstáculo que lhes puséssemos à frente. Até aos cerca de 57.5km, foi sempre a descer, sendo que passada aquela zona inicial mais difícil, foi altura de rolar pernas a sério novamente com velocidades muitas vezes acima de 40km/h.
Restou a abordagem ao centro de São Pedro do Sul por um último singletrack e aí estávamos nós no centro da localidade, depois de 60km e 2150m de subida acumulada.
Amanha seguimos para Vouzela, para a 3ª Etapa do Portugal Brasil Ride com 58km e 1600m de subida acumulada. Veremos as surpresas que estão guardadas para nós!